sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Texto da Escola Estadual de Ensino Médio São Roque foi selecionado para Etapa Regional da 5ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

O texto foi analisado pelas Comissões Julgadoras Escolar, Municipal e Estadual. Depois de passar por todas essas etapas, foi selecionado como um dos 500 semifinalistas da Olimpíada em todo o Brasil. 
No mês de novembro, alunos e professores semifinalistas participarão de oficinas de escrita.
CATEGORIA: CRÔNICA
CLASSIFICADO PARA CATEGORIA REGIONAL
OLIMPÍADA DA LÍNGUA PORTUGUESA-2016

ESCOLA: ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO SÃO ROQUE

ALUNA : DANIELA MENDONÇA DE OLIVEIRA
SÉRIE : 1° ANO DO ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: CLECI CLARA OBADOWSKI BORDIGNON

Veja o texto selecionado:
O INESPERADO ENCONTRO
Durante muito tempo, o despertador me preocupou muito. Despertador toca? Claro que toca, sempre toca!
-Acorda, está na hora!
Saía da cama, colocava o chinelo antigo, corria para o banheiro, escovar os dentes, arrumar o cabelo...
O café já estava pronto! O relógio marcava o tempo, os ponteiros andavam depressa...
A porta se abre.
_ Filha?
_ Já sei! O ônibus chegou.
Alguns passos consecutivos, a viagem começa. A escola ficava longe!
_ Bom dia!
_ Bom dia! _ Respondeu o motorista de cabelos lisos e olhos cor de mel.
O ônibus andava alguns metros e parava. Logo, duas meninas, uma loira de olhos azuis e outra baixinha de cabelos encaracolados e rosto pálido, entravam no ônibus.
O sol ainda não apareceu e a única vista é a da janela larga de vidro que mostra a plantação. Outros passageiros pegaram o ônibus.
A viagem silenciosa deixava em evidência o ronco do motor. Dentro do ônibus, os passageiros exclamam:
_ Oh! Que estrada torta...
O motorista ouvia tudo e sacudia a cabeça cada vez que fazia a curva. Era rotina, o ônibus passar nesta estrada.
Desta vez, entram mais duas meninas. Uma delas era baixa, cabelos castanho escuros, com olhar disfarçado. A outra parecia alegre.
O sol já refletia em meus cabelos encaracolados. Mais dois passageiros. Meus olhos vasculhavam, rapidamente, entre as poltronas empoeiradas.
Uma menina de olhos brilhantes chamava a atenção. Ela entoava uma canção infantil, emoldurando seu rosto alegre, uma das mais lindas expressões nunca vista antes.
Descia ladeira. Subia ladeira. O Sol agora parecia dizer adeus e em seu lugar, nuvens rabiscadas anunciavam a chuva. A porta se abre novamente e mais passageiros tomam seus lugares. O motorista precisava ligar o limpador do para–brisa, pois agora a chuva começara a desabar. Sentia o cheiro de terra molhada.
Enquanto isso, o último passageiro do ônibus sentava na última poltrona.
Um menino com cabelos molhados e testa franzida que se acomodava na poltrona, olhava para mim.
A viagem continuava. De repente, o motor barulhento parecia engasgado e o motorista precisava fazer manobras com o volante por causa da terra vermelha e grudenta.
Meus olhos cintilaram um só momento em meio as gotículas d’água. Subitamente, o motorista para o veículo com uma freada brusca, me fazendo bater a cabeça na poltrona.
_ Seu desastrado! Você atropelou o coitado. _ Gritava a menina assustada.
A maioria dos passageiros do ônibus ficava em pé, todos curiosos para saber o que aconteceu. O motorista deixava seu assento para ver o incidente.
O silêncio tomava conta do espaço. Os olhos fitavam para a janela procurando ver alguma coisa.
Agora, se ouvia somente o barulho da chuva que caía, todos os passageiros permaneciam calados.
Lá fora estava a vítima. Algum tempo passou, a chuva diminuía e precisávamos chegar ao destino.
Naquela hora, surgia como um vento, o padre Afonso, com a batina até os joelhos por causa do barro. Velava o defunto com angústia nos olhos.
Virava para o motorista:
_ Vai ter que pagar!
_ O senhor me desculpe. Não sabia que ia atravessar a estrada.
_ Já disse que vai ter que pagar! _ Fala o padre impaciente pela situação.
_ Este porco foi uma doação para a festa de São Roque, nosso padroeiro da Igreja. Aqui é tradição do povo porque esse santo é protetor dos animais, já que se cultivam muitos traços culturais, sociais e religiosos da época da colonização. Resgatando a própria origem, pois do lugar de cada um o saber de todos nós.
O silêncio permanecia alguns instantes. Os olhos se entrelaçavam. O motorista retirava a carteira amassada do bolso e pegava uma nota que estava dentro dela.
_ Obrigado! _ Diz o padre lançando um olhar sínico.
Todos se acomodavam mais uma vez em seus lugares. Depois disso, desabavam em gargalhadas.
Novamente seguimos viagem. Finalmente chegamos ao destino.
No outro dia, o despertador toca? Claro que toca, sempre toca!

 Parabéns 
Escola Estadual de Ensino Médio São Roque pelo trabalho realizado!
 Parabéns professora Cleci  e aluna Daniela pelo empenho e dedicação!

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